a cidade é ela
em linha reta, longilínea
nas franjas da mata
que transbordam tantos verdes
e o verde dos olhos dela
a cidade é ela
qual serra
a muralha de picos e pedras
que protege o corpo dela
e lá atras da montanha mais alta
o pôr do sol...
eu de longe vejo
e me escondo
em algum lugar frio
eu exilada
na cidade dela
quieta e calada
sem direito a caminho
em suas vielas e trilhas
a cidade espalhada nela
em seus rumores e rumos
ela e a cidade dela
de onde parto pro distante
de onde escapo num pra sempre
sofrido
de lágrimas contidas
sem adeus
sem porque
sem nada...